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Sergio Ricciuto já fez vários projetos de arte “sob medida”. São pinturas realizadas por ele a partir de elementos biográficos.

Com muita sensibilidade, Sergio escuta a história que a pessoa quer contar num quadro. Pode ser a experiência pessoal, de um casal, ou mesmo das características de uma pessoa querida a quem se quer presentear.

O projeto é importante pois temos certa mania de classificar como cultura e arte somente realidades distantes de nós como um museu, um prédio histórico ou mesmo a tela ou o texto de pessoas famosas.

Mas a vida, essa que vivemos no cotidiano, cheia de altos e baixos, é também matéria de arte e, deve ser, da melhor maneira possível representada!

Transformar a vida numa obra de arte. Sim, é possível!

Para celebrar nossas diferenças e o que nos une

Em 2015, Rogério e Kamila, que se casaram em 2013, procuraram o Sergio para que ele fizesse um quadro para a sala da nova casa deles. No quadro deveria estar retratada a história de como eles se conheceram, as características pessoais de cada um e, ao mesmo tempo, aquelas comuns entre eles. Kamila e Rogério consideram-se totalmente diferentes, mas tem algo muito forte que os une (o artista representou essa realidade com duas montanhas separadas por um abismo e ligadas por uma grande árvore).  No canto esquerdo está representado o cinema, por um homem que arruma a lâmpada. Outra característica do casal é o amor pelos livros, que na tela são arremessados por um balão. Outros símbolos como as flores ou um portão entreaberto completam a cena de amor, romance e convivência do casal.

Minha história é muito importante

Fátima queria decorar o apartamento onde vive há muitos anos. Numa conversa descontraída na sua casa, ela contou ao Sergio sua história, bem como as principais atividades que realiza no dia a dia e que a caracterizam. Filha de uma cozinheira e de um lenhador, Fátima perdeu o pai justamente quando ele exercia sua profissão, cortava uma árvore e por isso a árvore para ela, devia representar também a árvore da vida. O ambiente rural, querido por eles, bem como a sanfona, instrumento tocado pelo pai estão representados no quadro, mas não só. Fátima, que é jornalista e amante dos livros, também está no quadro. A natureza por sua vez, que está presente em diferentes vasos com plantas no apartamento de Fátima, não poderia faltar na obra, que assim ganhou uma leveza e um colorido que poderíamos dizer, são, transcendentais.

O segundo quadro pintado por Sergio a partir da história de vida de Fátima é formando por uma floresta gigante de violões. Fátima passa horas dos seus dias tocando violão clássico, e além de colaborar na igreja, apresenta-se também junto a uma orquestra. Ali, discretamente, aparece Latifa, a cachorrinha que por anos viveu junto da dona e morreu, durante a execução das obras.

Para celebrar a liberdade

A jovem Ilanyr queria uma obra para presentear alguém que foi muito importante na sua vida: o teraupêuta. Com o presente, ela queria demonstrar como o processo de terapia a ajudou a tira máscaras e a navegar por águas mais profundas. A árvore, irremovível, que é também um paralelo à vida de Ilanyr transforma-se em pássaros que simbolizam a liberdade, bem como a imagem da menina que voa, rumo a outras experiências.

Para lembrar alguém ausente

A tela que foi pintada em “tons de outono” foi especialmente pensada num contexto de ausência. A cadeira vazia e o reflexo do corpo na água remetem à alguém que não está mais aqui, mas que, por outro lado, está em todos os lugares e esta presença de vida é simbolizada pela luz, que atravessa toda a obra.

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